O câncer de mama, causado pela multiplicação desordenada das células da mama, é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de pele não melanoma, podendo acometer também homens, porém é raro, representando menos de 1% do total de casos da doença.
Acima dos 35 anos a incidência cresce progressivamente tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. A principal função das mamas é a produção do leite, que é conduzido até os mamilos por canais muito pequenos chamados de ductos. Há vários tipos de câncer de mama, mas a doença comumente se instala nos ductos e com menor frequência, nos lóbulos.
O sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo único na mama ou na região da axila, indolor, duro e irregular, pode apresentar também edema cutâneo, pele com aspecto à casca de laranja, retração da pele, dor, inversão do mamilo, hiperemia (vermelhidão), descamação ou ulceração do mamilo, secreção através do mamilo (geralmente transparente como ‘água de rocha’). O tumor pode apresentar consistência endurecida e, às vezes é possível observar mudança no formato da mama.
O diagnóstico precoce é uma forma de prevenção secundária e visa identificar o câncer de mama em estágios iniciais. O objetivo do diagnóstico precoce é identificar pessoas com sinais e sintomas iniciais da doença, para garantir qualidade de vida e assegurar a assistência em todas as etapas da linha de cuidado da doença.
Além do exame clínico das mamas, podem ser recomendados exames de imagem como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação diagnóstica é feita por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções ou de uma pequena cirurgia e o material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico.
O tratamento do câncer de mama é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas. O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença. Além da cirurgia – mastectomia, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária – radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos.
No SUS, a lei nº 12.732, de 2012, estabelece que o paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no prazo de até 60 dias a partir do dia em que for confirmado o diagnóstico pelo laudo patológico ou em prazo menor, de acordo com a necessidade do caso.
Os principais fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento do câncer de mama, são:
A prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e investir nos fatores protetores, especificamente aqueles considerados modificáveis como alimentação saudável, praticar atividade física, controlar o peso, evitar consumo de bebidas alcoólicas e amamentar podem ser considerados fatores protetores para reduzir o câncer de mama.
O diagnóstico precoce, consiste em avaliar e detectar sinais e sintomas clínicos iniciais da doença, além do rastreamento, aplicação de teste ou exame numa população sem sinais e sintomas sugestivos de câncer de mama, com o objetivo de identificar alterações sugestivas de câncer e, se resultados anormais, encaminhar para investigação diagnóstica. O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento.
Em relação à avaliação e recomendação para o diagnóstico precoce da doença o Ministério da Saúde preconiza:
Toda a mulher deve começar a realizar exame clínico preventivo anualmente, e mamografia, após os 50 anos. A partir dos 40 anos (a cada 1 ou 2 anos); ou aos 35 anos em caso de histórico na família.
Quando indicada, é primordial que a terapia de reposição hormonal (TRH) seja acompanhada pelo médico para controle de sua eficácia e tempo de tratamento.